De acordo com dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), em 2021, houve recorde na contratação de seguro de vida individual no Brasil. Essa elevação muito se deve à mudança de comportamento dos consumidores após a vivência da crise econômica que afeta o Brasil e a crise sanitária ocasionada pela pandemia da covid-19, que até hoje deixa consequências.
No levantamento da entidade, foi apurado que a arrecadação das seguradoras atingiu cerca de R$ 8 bilhões, entre os meses de janeiro a setembro. Esse dado representa 29% a mais do que no mesmo período de 2020.
Foram as crises vivenciadas pelos brasileiros que trouxeram à tona a consciência de que os riscos estão próximos e podem acontecer a qualquer momento. Segundo Hamilton Gadelha, especialista em gestão de risco e proteção financeira, é justamente por essa vulnerabilidade que uma parcela considerável da população está buscando um seguro de vida.
“O seguro de vida individual teve uma alta de 43% nos sinistros em 2020 na comparação com 2019. Isso conforme os números da FenaPrevi, passou de R$ 524 milhões para R$ 749 milhões. Isso aponta que o cenário de incertezas que transita desde a saúde até a economia, potencializa a ideia de que é necessário uma cobertura, principalmente de seguro de vida.”, comenta o especialista.
Ainda conforme pesquisas da Fenaprevi, foi possível perceber uma maior procura da população mais jovem por seguros de vida. Nos dados da entidade, a busca por seguros de vida para o público entre 18 a 34 anos, saltou de 7% antes da pandemia para 31%. "Esse é um demonstrativo importante, pois compreendemos que é um público que foi impactado, seja diretamente ou em algum grau pela crise, e que já busca soluções que o assegurem de possíveis riscos que o cercam", explica Hamilton.
Hamilton também destacou que essa procura do público também pode ser associada às vivências e a preocupação com o futuro. “Muitos desses já desejam um futuro mais tranquilo para si mesmos e/ou para suas famílias e entes queridos. Entende-se que estão atentos às questões burocráticas e que pensam de modo a garantir uma proteção financeira em caso de algum comprometimento com a vida”.