Concluindo as manifestações do Março Amarelo, mês de conscientização sobre a endometriose, uma passeata está marcada para acontecer neste sábado, 25, a partir das 9 horas da manhã no Anfiteatro do Parque do Cocó. O Grupo de Apoio às Mulheres Portadoras de Endometriose do Ceará (GAMPECE), realiza todo ano a Endomarcha com o objetivo de conscientizar as mulheres dos sintomas e dos tratamentos para o convívio com a endometriose e reivindicar dos governantes a ampliação do atendimento do SUS à mulheres com a doença.
De acordo com a co-fundadora e Presidente do Gampece, Liana Herculano, o sistema público de saúde precisa ampliar o atendimento para mulheres com endometriose. “A demanda de mulheres com endometriose é muito grande e o SUS, atualmente, não comporta. Isso dificulta tanto o tratamento como o diagnóstico”, alerta.
A endometriose é uma inflamação crônica das células que revestem o útero da mulher. Ao invés de serem expelidas pela menstruação, elas fazem o movimento contrário e podem se instalar no intestino, nos ovários e na cavidade abdominal, causando fortes dores pélvicas e menstruais. Sintomas como esse são muito comuns após o período fértil da mulher, o que pode confundir os médicos no diagnóstico da doença. Por isso, a estimativa de que 180 milhões de mulheres no mundo têm endometriose pode ser muito maior.
Além da dor, a endometriose tem outros sintomas que também são associados a outras doenças, o que dificulta ainda mais sua identificação.
Dificuldade para engravidar
Dor intensa durante ou depois da relação sexual
Dor intensa durante a evacuação ou no momento de urinar
Sensação de fadiga durante vários momentos do dia
Ciclo menstrual irregular ou com um fluxo muito mais intenso que o normal
Sangramento intermenstrual
Dores intestinais intensas
Caso a mulher note a presença de alguns desses sintomas, deve procurar um (a) ginecologista.
De acordo com o médico João Paulo Timbó, ginecologista especialista em endometriose, muitas mulheres sentem as dores da endometriose e as confundem com cólicas menstruais, e, por causa disso, ignoram os sintomas. “A mulher que sentir dores mais fortes que o normal deve procurar um ginecologista para que seja investigada a causa dessa intensidade. Apesar de a endometriose não ter cura, a mulher pode realizar tratamentos para amenizar o sintoma da dor”, explica.
Endomarcha retorna ao formato presencial
Em Fortaleza, o Grupo de Apoio às Mulheres Portadoras de Endometriose do Ceará (GAMPECE), realiza todo ano a Endomarcha com o objetivo de conscientizar as mulheres dos sintomas e dos tratamentos para o convívio com a endometriose. A edição deste ano acontece no dia 25 de março no Anfiteatro do Parque do Cocó, às 9h horas. Esse será o retorno da marcha de maneira presencial, pois durante o período de isolamento da pandemia do Covid-19, o evento estava sendo realizado de modo virtual.
Sobre a Endomarcha
A Endomarcha é uma manifestação pacífica criada em 2013 para alertar a população sobre os sintomas da Endometriose. Tem como objetivo chamar a atenção dos governantes para a criação de novas políticas públicas e ampliar o atendimento pelo SUS para as mulheres com endometriose. A 10ª edição acontece em 12 cidades do Brasil: São Paulo e Santos (Baixada Santista) (SP), Rio de Janeiro (RJ), Uberlândia (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Londrina (PR), Florianópolis (SC), Feira de Santana (BA), Fortaleza (CE), São Luís (MA) e Boa Vista (RR), dando ao Brasil o título de país com maior número de cidades participantes. Em Fortaleza, esta é a 7ª edição. O evento é uma realização do Blog A Endo e Eu, da jornalista Caroline Salazar.
SERVIÇO
Evento: 10ª Endomarcha
Onde: Anfiteatro do Parque do Cocó
Quando: 25 de março de 2023
Horário: Concentração às 9h;
Inscrições: Link na bio da @aendoeeu (www.instagram.com/aendoeeu)