Exposição solar sem proteção também é fator de risco para câncer de boca





Lesões que não cicatrizam e manchas podem ser sinais da doença que afetam mais de 15 mil pessoas por ano, alerta a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC)


 

Além do câncer de pele, a exposição solar sem proteção pode aumentar o risco para outro tipo de tumor: o câncer de lábio. Neste Maio Vermelho, mês de conscientização sobre o câncer de boca, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) faz um alerta sobre a importância de usar protetor solar labial - com fator de proteção contra raios UVA e UVB e FPS mínimo 30 - durante a exposição ao sol, não fumar e não consumir bebidas alcoólicas e comidas gordurosas em excesso como medidas protetivas contra o câncer de boca.
 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 11 mil homens e 4 mil mulheres, por ano, devem desenvolver câncer de boca até 2025. As mortes em decorrência dessa doença afetaram 6 mil pessoas em 2021, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer.
 

O câncer de boca é definido por um conjunto de neoplasias malignas que afetam diversas áreas na região como lábios, gengiva, bochechas, língua e palato (céu boca), pescoço e cabeça. “Os efeitos da incidência dos raios ultravioletas (UV) são acumulativos e podem aparecer a longo prazo na região da boca”, comenta a diretora e membro do Comitê de Tumores de Cabeça e Pescoço da SBOC Dra. Aline Lauda. “Por isso, é muito importante evitar a exposição direta ao sol, utilizar chapéu ou boné, e fazer o uso de protetor labial, sempre que possível”, acrescenta.
 

Os sinais e sintomas do câncer de boca incluem lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam, manchas ou placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas, e nódulos no pescoço. Nos casos mais avançados, podem ocorrer dificuldades de mastigação, engolir e falar. “Qualquer alteração na boca, como lesões que não cicatrizam em até 15 dias, deve ser avaliada por um profissional de saúde”, reforça a oncologista clínica.
 

O diagnóstico do câncer de boca geralmente é feito por meio de exame clínico e biópsia da lesão. O tratamento envolve principalmente cirurgia, radioterapia e quimioterapia, conforme determinado pelo estágio da doença. É importante continuar o acompanhamento médico após o tratamento para detectar recidivas precocemente.
 

Prevenção
 

Outros fatores também podem contribuir para o desenvolvimento do câncer de boca, incluindo o tabagismo, o consumo de bebidas alcoólicas e a exposição a substâncias químicas no ambiente de trabalho. Além disso, a infecção pelo vírus HPV e o excesso de gordura corporal também estão associados ao desenvolvimento desse tipo de neoplasia.
 

A prevenção deste tipo de câncer está diretamente ligada a adoção de bons hábitos como praticar uma higiene bucal adequada, usar preservativo durante sexo oral, manter uma alimentação saudável, reduzir o consumo de álcool e não fumar.
 

Sobre a SBOC
 

Fundada em 1981, a SBOC representa médicos oncologistas clínicos em todo o território nacional, com associados distribuídos pelos 26 estados e o Distrito Federal. A Sociedade atua em diversas frentes como o incentivo à formação e à pesquisa, educação continuada, políticas de saúde, defesa profissional e relações nacionais e internacionais, visando contribuir para o fortalecimento da Oncologia no Brasil e no mundo.

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