Efetivo de profissionais em campo será reforçado com a contratação de mais brigadistas. Equipe ministerial desembarca na região na próxima sexta-feira (28)
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Após a segunda reunião da Sala de Situação para ações de controle e prevenção do desmatamento e enfrentamento de incêndios e queimadas no Pantanal e na Amazônia, nesta segunda-feira, 24 de junho, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, anunciou o aumento do efetivo de profissionais para combate ao fogo no Pantanal.
Atualmente, a operação conta com 175 brigadistas do Ibama, 40 do ICMBio, 53 combatentes da Marinha atuando no território. Além disso, profissionais do Corpo de Bombeiros e brigadistas da iniciativa privada também estão envolvidos nas ações. Segundo Marina, a colaboração de diferentes setores é essencial para enfrentar uma emergência climática.
"Teremos um adicional de 50 brigadistas do Ibama, 60 que virão da Força Nacional, além de termos também uma mobilização dos mais brigadistas do Ibama a partir da necessidade de termos de fazer essas contratações, inclusive fazendo mudanças no marco regulatório, para que sejam diminuídas o interstício de seis meses para três meses e poder contratar esses brigadistas com mais celeridade", pontuou a ministra.
Marina frisou que há um trabalho de diversos ministérios sendo feito para combater o fogo no Pantanal, unindo esforços e recursos para uma resposta eficaz e coordenada. "Na Amazônia, a estimativa leva para esforços em relação a logística e abastecimento. E, no Pantanal, tem a ver com logística e incêndio. Porque estamos diante de uma das piores situações já vistas no Pantanal. Toda a bacia do Paraguai está em Não há interstício entre o El Niño e a La Niña. Isso faz com que uma grande quantidade de matéria orgânica em ponto de combustão cause incêndios fora da curva em relação à tudo que se conhece", alertou.
VISITA E ORÇAMENTO — Na próxima sexta-feira (28), as ministras Marina Silva e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) desembarcarem em um dos municípios que apresentam mais focos de incêndios, Corumbá (MS). “O nosso trabalho está integrado aos governos locais e vamos ver de perto a situação que já estamos acompanhando diuturnamente. Não faltarão recursos, com responsabilidade, para salvarmos a maior barreira alagável do mundo”, afirmou Tebet ao liberar liberação de R$ 100 milhões em favor do MMA, que já estão sendo alocados para Ibama e ICMBio.
"Os ministérios estão apresentando os custos necessários para que possamos tomar já a primeira deliberação na Junta de Execução Orçamentária que se dará na quarta-feira (26/6)", adiantou. Segundo Tebet, a decretação de situação de emergência nos municípios sul-mato-grossenses, nesta segunda-feira (24), pelo governo estadual, permite investir aquilo que é necessário com responsabilidade.
A ministra do Meio Ambiente apontou, após reunião, que 85% dos incêndios estão em propriedades particulares. "Nós temos uma responsabilidade sobre as Unidades de Conservação Federais, mas, neste momento, dos 27 grandes incêndios, o Governo Federal está aceso em 20, mesmo não sendo da nossa competência, porque o fogo não é estadual, não é municipal, o fogo é algo que derrota a vida e cria prejuízos econômicos, sociais e ambientais”, garantiu Marina.
Os governos estaduais decretaram a decisão definitiva de manejo de fogo até o final do ano, inclusive para atividades de renovação de pastagem. “Serão responsabilizados, nos termos da lei, qualquer incidente ou incêndio no Pantanal. Isso é tão importante quanto ao orçamento”, expôs o ministério do Planejamento.
"É muito importante a gente abordar, que exige ainda mais essa sinergia do Governo Federal com os governos estaduais e a sociedade, uma vez que mais de 90% do que está queimando no Pantanal diz respeito às supressões, consequentemente, queimadas, mesmo agora com os governos proibindo qualquer ação nesse sentido em 2024", apontou o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
LOGÍSTICA — O Ministério da Defesa atua para melhorar o suporte logístico da região, no transporte dos brigadistas para as áreas estratégicas. "Foram determinadas duas bases principais para que, a partir de dali, os brigadistas e os combatentes do incêndio encontrados sejam deslocados e combater com eficiência, com rapidez e com eficácia os incêndios", explicou o almirante de esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas. O governo estuda ainda a implantação de base avançada, na estrada Transpantaneira, para acelerar a logística e o trabalho, alocando combatentes mais próximos aos focos de fogo.
A massa disponibilizou, além das embarcações, permissão para deslocar pelos rios, seis helicópteros e duas aeronaves. "Uma delas é o KC-390, que é uma aeronave construída no Brasil de última geração e que tem uma capacidade de combate a incêndios por um sistema de distribuição de água que pode carregar até 10 mil litros de água em cada voo e pode auxiliar Muito no combate aos incêndios. Além disso, estamos nos disponibilizando para apoio e acolhimento a esses combatentes nas bases designadas para que possamos fazer esse emprego de maneira eficaz e eficiente também com equipamentos de comando e controle de comunicações", informou o almirante.
O Ministério da Justiça também está trabalhando de forma integrada no combate aos incêndios. “Além de disponibilizarem efetivos de pessoas para o enfrentamento e aeronaves, eles estão fazendo um trabalho de inteligência para que todos aqueles criminosos que estão provocando incêndios criminosos possam ser devidamente investigados e punidos”, finalizou a ministra Marina.
Participaram da reunião os ministros Marina Silva (MMA), Simone Tebet (MPO), Miriam Belchior (Casa Civil), Waldez Góes (MIDR), Laércio Portela (Secom), Wolnei Wolff, Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério da Defesa, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Ibama, ICMBio.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República