Modal ferroviário deve chegar a 31% da logística nacional até 2050 e diminuir em até 64% custo do frete






Investimentos em infraestrutura e tecnologia prometem reduzir custos logísticos e contribuir para a competitividade do país. A Transnordestina terá um papel significativo na estratégia, com capacidade de transporte de até 30 milhões de toneladas anuais de grãos, fertilizantes, minerais, cimento e combustíveis.


Após décadas de estagnação, o transporte ferroviário no Brasil se prepara para um salto estratégico. O Plano Nacional de Logística 2050 (PNL 2050), que será discutido no 19º Seminário Internacional de Logística – EXPOLOG 2024, busca mais que dobrar a participação do modal ferroviário na matriz logística nacional, passando dos atuais 15% para 31% até 2050.


Adequado ao transporte de grandes volumes e longas distâncias, como commodities agrícolas e minerais, o modal ferroviário é apontado como essencial para reduzir custos logísticos no Brasil, onde o transporte rodoviário responde por 65% do movimento de cargas. De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a diversificação dos modais de transportes representa uma redução de custos em 64% e maior agilidade para a entrega do produto em 16%.


O tema será debatido no Painel “Multimodalidade e Plano Nacional de Logística 2050”  durante a Expolog com moderação de Mário Povia, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Infraestrutura (IBI) e outros especialistas no tema. 


Desafios e oportunidades


Atualmente, o Brasil conta com apenas 29 mil quilômetros de malha ferroviária, sendo 20 mil em operação. Para comparação, os Estados Unidos têm mais de 293 mil km. O PNL prevê a recuperação de trechos existentes e a construção de novas ferrovias, como a Ferrovia Norte-Sul, que está em fase de conclusão.


Além disso, a renovação de contratos de concessão de grandes ferrovias, como a Rumo Malha Paulista e a Vitória-Minas, é uma das estratégias para atrair investimentos privados. O Ministério da Infraestrutura estima que o setor ferroviário movimentará até R$ 60 bilhões nos próximos anos, incluindo recursos para automação e conectividade via 5G.


Outro benefício será a instalação de infovias ao longo das linhas férreas, levando internet de alta velocidade para regiões remotas, o que fortalecerá o desenvolvimento social e econômico local.


Transnordestina


Com mais de 61% do projeto concluído, a Transnordestina conecta Eliseu Martins, no Piauí, ao Porto de Pecém, no Ceará, passando por 53 municípios. Quando finalizada, terá 1.206 milhas e capacidade de transportar 30 milhões de toneladas por ano, incluindo grãos, fertilizantes e minerais, grande parte destinada à exportação.


A ferrovia deve fomentar o desenvolvimento socioeconômico do Porto de Pecém, reduzir os custos de escoamento de grãos do semiárido e aumentar a competitividade do setor agrícola, especialmente em polos como Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). 


SERVIÇO

Seminário Internacional de Logística – EXPOLOG 2024

Quando: 27 de novembro, das 8h às 20h / 28 de novembro 8h às 20h

Onde: Centro de Eventos do Ceará, Portão C

Entrada: Gratuita

Site: https://feiraexpolog.com.br/

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