Os médicos cooperados que atuam nos postos de saúde de Fortaleza, fundamentais para o funcionamento da rede de Atenção Primária à Saúde (APS), enfrentam atrasos salariais há três meses, sem receber seus pagamentos desde setembro de 2024. A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Médicos do Ceará, que na última sexta-feira (13) notificou a Cooperativa de Atendimento Pré e Hospitalar (COAPH). Já nesta terça-feira (17), a entidade formalizou uma cobrança direta ao secretário de Saúde de Fortaleza, Galeno Taumaturgo Lopes, exigindo medidas imediatas para a regularização dos honorários desses profissionais.
A APS é a porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo serviços essenciais como consultas médicas, vacinação, acompanhamento de doenças crônicas e pré-natal, além de ações de prevenção e promoção à saúde. Nos postos de saúde de Fortaleza, os médicos cooperados desempenham um papel estratégico para garantir o acesso da população a esses serviços fundamentais. No entanto, o atraso de três meses nos pagamentos tem gerado desânimo entre os profissionais e comprometido a qualidade da assistência.
“Já estamos em dezembro e os médicos ainda não receberam a remuneração do mês de setembro. Esse atraso prolongado afeta diretamente suas vidas financeiras, pessoais e profissionais, além de fragilizar o vínculo dos cooperados com a COAPH e comprometer a confiança na instituição como intermediadora do trabalho médico em Fortaleza”, afirma Dr. Luigi Morais, presidente interino do Sindicato dos Médicos do Ceará.
O Sindicato ressalta que, sem previsibilidade de pagamento, a continuidade dos serviços nos postos de saúde está em risco, agravando ainda mais os desafios já enfrentados pela saúde pública no município. A entidade reafirma seu compromisso em buscar soluções para garantir que os profissionais recebam seus direitos, assegurando a continuidade de um atendimento de qualidade à população de Fortaleza.
