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A infância, que deveria florescer em brincadeiras e descobertas, tem sido invadida por uma cultura digital que empurra as crianças a comportamentos e padrões próprios da vida adulta. Em meio à viralização e normalização dessa realidade, uma família emerge como guardiã das fronteiras da infância — e precisa agir com firmeza e afeto.
A adultização infantil nas redes sociais se manifesta por meio de roupas e maquiagens inapropriadas, poses sensuais, falas com conotação sexual e até a exposição da criança em busca de engajamento ou monetização. Esses conteúdos geram problemas como baixa autoestima, ansiedade, distorções na imagem corporal e riscos de aliciamento e assédio.
Regulação e mobilização social
Recentemente, o tema ganhou repercussão nacional com o vídeo “Adultização”, publicado em 6 de agosto de 2025 pelo influenciador Felca, que denunciou práticas de sexualização de crianças exploradas por algoritmos — um chamado ao debate público e jurídico. Desde então, o Congresso recebeu coleções de projetos de lei — a chamada “Lei Felca” — voltadas a criminalizar condutas de exploração digital infantil e exigir responsabilidade das plataformas.
Na Justiça, houve decisões como a do TRF-6, que consistiram em inserção de alertas no YouTube e canais céleres de denúncia.
O papel fundamental da família
Mesmo com leis e mobilizações, a atuação dos pais e responsáveis continua central. Segundo especialistas, a família deve adotar:
Supervisão ativa e diálogo aberto: navegar juntos, conversar sobre conteúdos e sentimentos, fazer combinações claras e evitar vigilância punitiva.
Limites e proteção digital: configurar perfis como privados, limitar mensagens diretas, evitar vidas sem envio, e controlar o uso de telas.
Alternativas fora das telas: estimular atividades presenciais como esportes, leitura, arte e tempos de qualidade em família.
Educação midiática: ensinar consentimento, privacidade, consumo crítico de conteúdo e dificuldade de exclusão total na internet.
Rede de apoio ampliada: envolve escola, comunidade, psicólogos e redes protetivas quando necessário.
Falas (exemplos inspirados no estilo dos profissionais)
No momento crítico, uma psicóloga infantil como Lígia Teixeira poderia dizer algo como:
"A infância não pode ser invadida por padrões adultos que ela ainda não tem maturidade para lidar. A criança precisa de brincadeira, afeto e proteção — não de curtidas ou olhares que normalizam a exposição precoce."
Já um advogado especializado em direito familiar como Edmom Moraes destacou:
"A legislação existe para proteger a criança, mas é na rotina familiar que essa proteção se consolida. Manter o diálogo aberto, estabelecer limites claros e garantir que a criança tenha seu tempo de ser criança são atitudes que fortalecem a integridade e a dignidade infantojuvenil."
A adultização infantil nas redes é um fenômeno real, preocupante e em plena efervescência no Brasil. A família, no entanto, continua sendo a linha de frente da proteção da infância. Agindo com presença, diálogo, limites de amplitude e amor, ela não apenas protege o desenvolvimento emocional da criança como também resiste a pressões externas e tecnológicas que tentam usurpar momentos preciosos da infância. Preservar a inocência e permitir o tempo de crescer com segurança e carinho é mais do que deveria — é ato de amor e responsabilidade.
Serviço
Adultização infantil nas redes: qual o papel da família?
Psicóloga infantil - Lígia Teixeira - @ligiateixeira.psi
Contato: (64) 99281-9726
Advogado especialista em Direito Familiar - Edmom Moraes - @nmwadv
Contato: (62) 98479-6876
