ALECE homenageia Dr. Leonardo Bezerra pelos 10 anos da pesquisa pioneira com uso da pele de tilápia para fins medicinais




Prótese biológica inédita no mundo: pele de tilápia é utilizada em cirurgia de reconstrução vaginal

Em 6 de maio de 2025, a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (ALECE) realiza uma solenidade em homenagem aos 10 anos da pesquisa pioneira com o uso da pele de tilápia como primeira prótese biológica de animal aquático, um marco da ciência cearense, desenvolvido no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará 

A pesquisa, iniciou com o uso pioneiro em pacientes queimados pelo Dr Edmar Maciel, há uma década, ganhou grande destaque mundial, com várias premiações. Em ginecologia a primeira aplicação clínica da pele de tilápia ocorreu na Maternidade escola Assis Chateaubriand da UFC, em mulheres com síndrome de Rokitansky (agenesia vaginal) com procedimento de reconstrução vaginal em 2017. Utilizou-se também em câncer de vagina. Em 2019, em conjunto com a UNICAMP, pela primeira vez que a pele de tilápia foi utilizada na reconstrução do canal vaginal após cirurgia de redesignação sexual. O procedimento foi incorporado à cirurgia de reafirmação de gênero em técnica descrita pelo grupo do Dr m.Leonardo Bezerra e hoje é utilizada também em Cáli, Colômbia.

A pele de tilápia, produzida e processada no Ceará, na UFC, tem a capacidade única de ser incorporada pelo corpo humano e transformada em tecido funcional, proporcionando novas possibilidades terapêuticas em muitos campos da Medicina regenerativa.

O grupo de pesquisa é coordenado pelo cirurgião plástico  Dr. Edmar Maciel e pelo Prof. Dr. Odorico de Morais da UFC. O Prof. Dr. Leonardo Bezerra, responsável pela coordenação da pesquisa em ginecologia, com a Profra. Dra. Zenilda Bruno, destaca que a pesquisa é um exemplo da capacidade de inovação científica do Ceará, com repercussão internacional. "Estamos celebrando não só a ciência, mas também o impacto positivo que essa pesquisa trouxe à vida de muitas mulheres", afirmou.

O uso da pele de tilápia se expandiu ao longo dos anos, trazendo uma nova abordagem para cirurgias de reconstrução vaginal e outras condições ginecológicas, e a pesquisa continua a avançar com novos projetos para beneficiar ainda mais pacientes, em todo o Brasil e além.

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