Consumo de sorvetes cresce e deixa de ser algo restrito apenas aos períodos mais quentes


A tendência é que esse segmento apresente crescimento global de 4,1% ao ano até o fim de 2025, projeta Abrasorvete

O consumo de sorvete no Brasil tem deixado de ser algo restrito aos dias de calor para se tornar um hábito presente durante praticamente todo o ano. No ano passado, o consumo per capita no país chegou a 9,1 litros por pessoa, considerando 6 litros de sorvete de massa e 3,1 litros de picolés, segundo dados da Euromonitor. Esse comportamento do consumidor tem sido um dos fatores propulsores e impulsionadores da expansão e do crescimento do setor no país.

Esse hábito indica que o sorvete se consolidou como um alimento presente na rotina, tanto para refrescar quanto para proporcionar momentos de prazer e descontração. O perfil de consumidores permanece concentrado entre pessoas com renda de até dois salários mínimos, que representam 56% da base, e na faixa etária de 25 a 34 anos, responsável por 25,2% do consumo, ainda de acordo com a Euromonitor.

O crescimento do mercado de sorvetes no Brasil também pode ser observado pelo volume financeiro movimentado pelo setor. No ano passado, o mercado nacional foi avaliado em aproximadamente US$1,4 bilhão, segundo levantamento da Statista. A tendência é de que esse ritmo continue, com expectativa de crescimento global de 4,1% ao ano no segmento de gelados comestíveis até o fim de 2025, de acordo com a Abrasorvete. Além disso, dados da Euromonitor apontam que o Brasil já ocupa a 11ª posição no ranking mundial de consumo do gelado comestível, reforçando a consolidação do produto no cotidiano da população.

Nordeste é a segunda região que mais consome sorvete no Brasil

No Nordeste, os números acompanham a tendência nacional. A região é responsável por 19% do consumo de sorvetes no país, ficando atrás apenas do Sudeste, que concentra 52%, conforme dados publicados pelo portal Movimento Econômico.

A Frosty, marca de gelados comestíveis mais consumida no Nordeste, de acordo com dados da Scanntech Brasil, está inserida nesse cenário de consumo consistente. Edgard Filipe, diretor executivo da empresa, avalia a força do mercado e as estratégias para manter o sorvete presente no dia a dia da população.

“Enxergamos no Nordeste um mercado com muitas oportunidades para o setor de sorvetes, não apenas pelo clima, mas também pelo hábito do consumidor, que passou a consumir sorvete durante todo o ano. Esse movimento tem impulsionado a expansão do setor e da própria marca. Na Frosty, estamos investindo em tecnologia, qualidade e capacitação das equipes para acompanhar essa demanda, ampliar nossa presença dentro do Nordeste e avançar em outras regiões”, afirma. 

A tendência é de que o consumo de sorvetes no Nordeste continue em alta nos próximos anos. De acordo com levantamento Abrasorvete, a região apresentou crescimento médio anual de 4% nos últimos quatro anos, índice que deve se manter até 2026, acompanhando o avanço do setor em todo o país. 

O comportamento de compra também vem se diversificando, com aumento no consumo de embalagens maiores, como potes de 1,5 litro, que já representam cerca de 40% das vendas no mercado nacional, segundo a Euromonitor. Esses dados reforçam o espaço consolidado do sorvete no cotidiano do consumidor nordestino e a expectativa de continuidade desse movimento nos próximos períodos.


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