Centro Cultural Casa do Barão de Camocim promove roda de conversa com pesquisadoras internacionais sobre negritude e amefricanidade





Inspirado no conceito formulado pela antropóloga Lélia Gonzalez, o encontro ‘Amefricanas’ reúne referências da arte, da literatura e dos estudos raciais; evento gratuito tem vagas limitadas

O Centro Cultural Casa do Barão de Camocim realiza, na terça-feira (30/09), a roda de conversa “Amefricanas”, com a participação de Dawn Duke, pesquisadora da literatura afro-latino-americana e caribenha, e Althea Murphy-Price, artista visual que tensiona símbolos de identidade negra. A mediação será conduzida por Cecília Calaça, curadora e artista que articula memória e práticas culturais negras no Brasil.

Inspirada no texto ‘A categoria político-cultural de amefricanidade’ (1988), da filósofa e antropóloga brasileira Lélia Gonzalez, a atividade propõe um diálogo sobre como essa experiência atravessa séculos. Para Gonzalez, a amefricanidade já se manifestava desde o período da escravização, em revoltas, estratégias de resistência cultural e formas alternativas de organização social, como quilombos e marronages.

O encontro contará com intérprete de Libras e tradução simultânea do inglês para o português. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas por formulário disponível no Instagram do equipamento (@casa.baraodecamocim).

Gerida pela Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor) em parceria com o Instituto Cultural Iracema (ICI), a Casa do Barão de Camocim é um espaço dedicado às artes visuais e a diferentes manifestações artísticas. Tombado como Patrimônio Histórico-Cultural, o equipamento está localizado no Centro da cidade.

Segundo a diretora Ana Aline Furtado, as intelectuais que protagonizam o debate têm muito a contribuir neste novo momento da Casa, em que as negritudes se afirmam como pauta central e permanente. “Em diálogo, suas trajetórias atravessam literatura, artes visuais e práticas curatoriais e nos ajudarão a refletir sobre como mulheres negras continuam a atualizar a amefricanidade como categoria viva”, finaliza. 

Conheça as convidadas


Dawn Duke

Doutora em Literatura Hispânica e Latino-Americana pela Universidade de Pittsburgh (EUA), pesquisa literatura afro-latino-americana, com foco em escritoras negras de Cuba e Brasil. É autora de Literary Passion, Ideological Commitment (2008) e Mayaya Rising (2023), além de coeditar Celluloid Chains (2018) e Artefatos da Cultura Negra no Ceará (2013). Publicou mais de 24 artigos em inglês, espanhol e português.


Althea Murphy-Price

Artista e professora na University of Tennessee. Mestre em Belas Artes pela Tyler School of Art (Temple University), já expôs em museus e galerias nos EUA, Europa e Ásia. Seu trabalho aparece em publicações como Art Papers Magazine e Printmaking Today, integra coleções internacionais e foi desenvolvido em residências em instituições de destaque.


Cecília Calaça 

Pesquisadora, curadora e artista visual. Doutora em Educação Brasileira (UFC) e mestre em Artes Visuais (UNESP), atuou de 2018 a 2023 no Grupo Meio Fio/IFCE, na linha Africanidades Brasileiras. Realizou exposições no Brasil e no exterior, como Ana, Simôas e Dragões: Lutas Negras Pela Liberdade (MAC/CE, 2024) e Ponte Cultura (Nuremberg/DE, 2024). É coautora dos livros Afro Arte Memórias e Máscaras (2012) e Arte Africana & Afro-Brasileira (2006).


Serviço 

Roda de conversa “Amefricanas”

Local: Casa do Barão de Camocim (R. Gen. Sampaio, no 1632 - Centro)
Data: 30 de setembro (terça-feira)
Horário: 18h
Inscrições via formulário online disponível em @casa.baraodecamocim
Vagas limitadas | Livre

Postagem Anterior Próxima Postagem

Parceiro